terça-feira, janeiro 29, 2008

Curriculum Vitae - CV

CURRICULUM VITAE


DADOS PESSOAIS – IDENTIFICAÇÃO

NOME: Ricardo Manuel Antunes Martins

DATA DE NASCIMENTO: 04/04/1982

ESTADO CIVIL: Solteiro

RESIDÊNCIA: R. Frei Tomé de Jesus, nº 14, 1º Dt.º 3000-195 COIMBRA - PORTUGAL

TELEMÓVEL: (+351) 919433374

E-MAIL: libelinha77@hotmail.com


EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

Voice Over (voz off)
Locução em anúncios televisivos e publicidade institucional para as câmaras municipais de:
Portalegre, Arouca, Coimbra, Lisboa, Lousã, Vila Verde, Cantanhede, Alvaiázere, Cascais, Beja e Marvão

Locução das campanhas/marcas:
Peugeot (307),
Lojas Fantástico (novas lojas),
TBZ (promoções e campanhas ligadas à AAC/OAF)
Movimento Jovens pelo SIM! (referendo 11 Fevereiro 2007)
Casino Estoril (programação cultural)

Editor/redactor de informação
Desempenho funções de redacção de notícias, reportagens e leitura em directo como pivot na Rádio Universidade de Coimbra (desde 1995)

Escrita de artigos noticiosos e de reportagem para o Jornal Universitário ‘A Cabra’ (desde 2006)

Redactor, fundador do jornal desportivo universitário ‘Santa Cruz’

Editor/redactor dos blogues: Futebol de Ataque, Rapazes de preto, Pardalitos do Choupal e Simplesmente Briosa.

Animação de eventos
Animador e speaker do Estádio Cidade de Coimbra. (Inauguração e primeiros jogos oficiais aí realizados)

Animação e speaker da Rugby Challege Cup. (Partidas realizadas em Portugal em 2005, 2006 e 2007)

Animador do Red Bull Gravity Challenge 2007, realizado em Portugal pela primeira vez.

Animador de pavilhão nos jogos de futsal da Académica. (2006)



Coordenador de media no Euro2004 (Estádio Cidade de Coimbra)
Desempenhei funções de acompanhamento personalizado da imprensa inglesa, francesa e suíça, fazendo a ponte entre a entidade organizadora do evento (FPFP/UEFA) e os jornalistas. Assessoria e prestação de informações sobre o evento e selecções que acompanhavam.



Narração desportiva
Relatador e chefe de equipa de reportagem dos jogos de futebol da Associação Académica de Coimbra/OAF na Primeira Liga, Superliga e Bwin Liga. (desde 2000)




Representação
Cinema: Esquece tudo o que te disse de António Ferreira, Paulo Branco, Madragoa Filmes 2002

Teatro: Coimbra Pressentida do Projecto BUH!, com encenação de Carlos Curto no âmbito da: Coimbra, Capital nacional da Cultura 2003

Televisão: Figuração especial num episódio de O Crime não compensa, apresentado por José Figueiras, SIC, 2003




Distribuidor/funcionário CTTexpresso
Divisão, distribuição e encaminhamento de objectos e encomendas por códigos postais da rede nacional de correio. Contrato de férias. (Julho, Agosto e Setembro de 2007)



FORMAÇÃO ACADÉMICA, PROFISSIONAL E COMPLEMENTAR


12º Ano de escolaridade, vertente de Humanidades.

Frequência de quatro anos no curso de Direito da Universidade de Coimbra.

Actualmente no último ano do curso de Jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.



Curso de informação, programação (animação e DJ) e locução pela Rádio Universidade de Coimbra.



Workshops/Seminários/Colóquios/Conferências
As novas tecnologias da comunicação – ESEC – Oradores: Vítor Serpa (Jornal ‘A Bola’, Jorge Pelicano (SIC e TVI), Hugo Sousa (SIC e TVI)

Rumos do jornalismo desportivo – AFC/CMC – Oradores: Rui Orlando (SportTV), Victor Manuel (treinador), Sansão Coelho (jornalista)

Portugal, a Europa e o Direito Comunitário – FDUC – Oradores: Prof. Doutor Jorge Miranda (constitucionalista/professor universitário), Prof. Doutor Gomes Canotilho (constitucionalista/professor universitário)

Representação – CITAC

Fotografia – Escola Animal – Paulo Bernachina

Formação musical – Guitarra clássica (David Lopes da Cruz); guitarra portuguesa (Paulo Soares); Coro e canto –Conservatório de Música de Coimbra


APTIDÕES E COMPETÊNCIAS PESSOAIS

Competências linguísticas:
Inglês – Conversação, compreensão e escrita de nível superior (10 anos)
Alemão – Nível básico de conversação, compreensão e escrita (3 anos)
Espanhol – Nível elevado de conversação, compreensão e escrita
Italiano e Francês – Nível rudimentar de escrita e básico de conversação e compreensão

Competências informáticas:
Nível elevado de utilização e conhecimento dos recursos da internet e necessidades relacionadas com a sua navegação

Nível intermédio/avançado na construção de sites na linguagem de programação HTML/CSS

Nível elevado de design gráfico e web design: Photoshop CS2, 3D GIF animation, Web banners and buttons.

Facilidade de utilização dos programas do Office: Word e Powerpoint.


Carta de Condução:
Modelo B1 e B (10/07/2006)





INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Sócio nº 4222 da Associação Académica de Coimbra/OAF.

Músico da banda Fitacola. (baixo e coros)




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Ricardo Martins

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segunda-feira, janeiro 21, 2008

IGNITE
Our Darkest Days
2006, Century Media

A sua longevidade e fidelidade aos argumentos de sempre, fazem com que esta banda deixe cair o adjectivo de New School e passe a ser uma referencia da Velha Escola que cada vez mais se impõe numa fase em que a linha entre o que é sincero e fútil na música está cada vez mais marcada. Os Ignite continuam a saborear o estado de graça que Our Darkest Days, o seu último longa duração de originais, lhes proporcionou. Estamos no primeiro semestre de 2008, e o que é certo é que o sucesso deste álbum, que data de 2006, ainda não os deixou sair da estrada. As Tours internacionais sucedem-se e a banda está com o saudável problema de falta de tempo para se concentrar na composição de um novo álbum. Apesar de só agora atingirem as luzes da ribalta e se confirmarem como uma das vozes principais da cena hardcore, os Ignite são das bandas activas que há mais anos batalha neste campo. Todo o esforço e todo o trabalho desenvolvido ao longo destes anos compensou e a banda colhe agora os frutos deste trabalho, ao mesmo tempo que semeia e espalha a mensagem e os valores que tem feito a imagem da banda desde sempre. Muito do recente sucesso do hardcore actualmente se deve à condição sociológica actual e à premente falta de valores e nihilismo em que a sociedade se encontra mergulhada, daí que busque nos valores e mensagem dos Ignite, uma fonte de identificação e enriquecimento. Solidariedade, fraternidade, respeito e inconformismo são uma constante nas letras de Our Darkest Days que traça uma linha muito ténue entre a raiva e a força de algumas letras com a emotividade de temas mais sensíveis noutras, numa dicotomia perfeita que explica o brilhantismo e todo o sucesso que a banda atingiu com este álbum. Das 13 faixas, Let it burn e My judgement day são temas bandeira deste álbum, que é culminado com uma versão arrepiante de Sunday Bloody Sunday dos U2 onde a banda joga com a raiva da musicalidade e o dramatismo da letra. Uma banda a não perder na sua passagem por Portugal. Esta nova voz do hardcore era afinal uma voz que esteve sempre presente.


THE SLACKERS
The Boss Harmony Sessions
2007, Special Potato

Formados em 1991, Brooklin, Nova Iorque, os The Slackers são uma referência a nível mundial do ska tradicional que vem dos anos 40 dos ballroom jamaicanos, onde as big bands de Prince Buster, Skatalites, Laurel Aitken, Culture ou Desmond Dekker faziam história na musica, e sem saber abriam mentalidades, fechavam outras e acabaram por por o dedo numa ferida social do mundo de então. A sua origem no ghetto negro de Brooklin é um reflexo desta exportação mundial do ska. O sexteto norte-americano tem tido ao longo destes 17 anos, uma carreia profícua com muitos álbuns editados, sendo que o seu período dourado coincidiu com a fase em que os seus álbuns eram editados pela Hellcat Records de Tim Armstrong e cuja máquina de divulgação tornou os novaiorquinos numa banda de culto com fãs um pouco por todo o mundo. O ponto forte dos Slackers está precisamente nas actuações ao vivo. Ninguém consegue ficar indiferente. O seu ska a respeitar as formalidades de origem com uma atitude sempre espontânea faz de cada concerto uma festa. Depois de terem vindo ao nosso país em 2005, regressam agora 3 anos depois com este álbum, The Boss Harmony Sessions e com a possibilidade de nos apresentarem o seu novo álbum, Self Medication. Muitos atractivos para um concerto a não perder no regresso da banda de Vic Ruggiero ao nosso país.


FROM AUTUMN TO ASHES
Holding A Wolf By The Ears
2007, Vagrant

A Big Apple está mais viva que nunca. Nova Iorque, a capital do hardcore continua a dar grandes bandas ao mundo da musica. Os From Autumn To Ashes completam este ano, 8 de existência, e o seu MySpace retribui cada ano em milhões de ouvintes. Contas feitas, a somatório de plays online desta banda atinge o número assustador de cerca de 8 milhões. Holding A Wolf By The Ears é o mais recente trabalho do quinteto de Long Island, NY, aclamado pela crítica especializada como um dos melhores do ano passado, o que lhe vale o estatuto de pioneiros nesta nova era do hardcore com infusões emo e screamo. São 12 temas plenos de sentimento e profundidade em cada acorde e em cada palavra, onde Daylight Slavings ou Pioneers fazem as delícias dos fãs da banda. Os FATA (From Autumn To Ashes), começam a agigantar-se à medida em que vão esgotando a capacidade das salas onde tocam e por manifestações de fãs que acabou por levar a banda a decidir gravar um longa duração ao vivo, com os temas mais emblemáticos do quinteto novaiorquino. Recomenda-se vivamente este álbum, Holding A Wolf By The Ears, um dos melhores do ano e que continua a ser um sucesso da banda nas tours mundiais.


GOOD RIDDANCE
Remain In Memory – The Final Show
2008, Fat Wreck Chords

Chegou ao fim a aventura dos bravos liderados por Russ Rankin, uma luta que durou 11 anos, desde 1986 a 2007. Mais precisamente 27 de Maio de 2007, data em que depois de anunciarem publicamente o fim da banda, deram o seu último concerto na cidade natal de Santa Cruz, concerto que foi gravado pela editora e que fecha com chave de ouro a intervenção no activo do quarteto californiano que milita entre o punk e o hardcore. Fora do palco a banda defendia ogulhosamente o ambientalismo, direitos dos animais e todos os membros eram vegetarianos ou vegan. Russ Rankin é mesmo uma das caras do Partido Verde americano onde de resto militam também outros membros da banda. Ao registo ao vivo, a banda deu o nome de ‘Remain In Memory’, que em jeito de epitáfio, funciona como um best of ou compilação dos temas mais marcantes da carreira desta banda histórica. Os concertos dos Good Riddance sempre foram marcadamente intensos e com muito temas emblemáticos e sing along. Neste caso, por ser o último concerto da banda, os fãs compareceram à chamada e todas as musicas transpiram muito suor e muitas lágrimas, naquela que foi a despedida em grande da banda. ‘Remain In Memory’ não esconde toda a emoção que se viveu no concerto e espelha os sentimentos da banda e público ao longo do concerto enquanto os clássicos da banda eram cantados a plenos pulmões. ‘Remain In Memory’ é mais que um álbum. Conta um pouco da história do punk e hardcore americano sob o olhar dos Good Riddance, uma banda emblemática que de forma tão pessoal ligou o aspecto musical ao social e político. Obrigatório.

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domingo, janeiro 20, 2008

Reviews de álbuns de música de 2007

Voodoo Glow Skuls
Southern Califórnia Street Music (2007) –Victory Records

A formula de sucesso já não é nova e sobreviveu a 3 décadas até aos nossos dias. Os Voodoo Glow Skulls, liderados pelo clã Casillas, entram em 2008, com o seu mais recente álbum, entitulado Southern Califórnia Street Music, ainda quentinho. O sexteto norte-americano apresenta-se na melhor forma e brinda-nos com 12 faixas que são...mais do mesmo, ou seja, o mais rebelde, puro e agressivo skacore. Conservada, possivelmente em tequilla do sul da Califórnia, a third wave ska dos anos 90 (Voodoo Glow Skulls, Catch 22, Mighty Mighty Bosstones, Mustard Plug) chega até hoje pela mão dos Voodoo Glow Skulls no seu estado puro, que se mantiveram ao longo de todos estes anos, fieis a seu som altamente energético e contagiante. Com um tipo de som que hoje se torna uma raridade, por ter sobrevivido à marca do tempo, autêntico e endogénico, Southern Califórnia Street Music traz-nos o melhor do skacore em 12 faixas de pura adrenalina, em que o sexteto faz jus às suas raízes hispânicas numa região de forte implantação da cultura latina de onde a temática e influência das ruas estão bem presentes. Aguardamos, assim, a vinda dos Voodoo Glow Skulls a Portugal, com este grande álbum, Southern California Street Music. Qualidade garantida pela Victory Records. Para quem ainda não conhece, desaconselha-se vivamente. Risco de ficar contagiado.



A Wilhelm Scream
Career Suicide (2007) Nitro Records

A disputar a fronteira entre o punk rock e o post-hardcore, Career Suicide veio trazer aos A Wilhelm Scream uma notoriedade pública muito além daquela que tinham até então. Os norte-americanos foram ganhando espaço mais pelas suas participações nas bandas sonoras e arranjos musicais de filmes de acção e de terror do que propriamente pela sua carreira discográfica. Certo é que Career Suicide tirou a banda de Nuno Pereira, Trevor Reilly, Nicholas Angelini e do canadiano Brian Robinson do circuito underground. Apesar do sucesso e do galopante numero de fãs que conquistaram com Career Suicide, a banda mantem-se fiel às origens e com o mesmo espírito intenso e de interacção com o publico que traziam dos clubes. Career Suicide é um álbum que funde a rebeldia punk com uma sonoridade post-hardcore com laivos de metal proporcionados pelos floreados das guitarras ao longo de 13 faixas plenas de objectividade. Os concertos são de grande intensidade, próprios de uma banda de culto habituada ao circuito dos clubes e salas de pequena e média dimensão, e juntam componentes pouco prováveis como a agressividade e sinceridade próprias do hardcore com um humor hilariante e irónico. 2008 entrou em grande para os A Wilhelm Scream, com uma extensa tour europeia que se vai prolongar pelo primeiro semestre do ano. Quem sabe, não os possamos ver ao vivo.



Madball
Infiltrate The System (2007) Ferret Music

São os Reis, num reinado denominado por eles: New York Hardcore. Depois de muitas críticas a apontar a decadência inevitável da banda, Legacy em 2005 veio acabar com as dúvidas sobre a capacidade infinita da mítica banda novaiorquina. Ainda assim, os Madball nunca conseguiram atingir um nível de topo no que toca a qualidade sonora dos seus registos fonográficos, o que evidentemente impediu a banda de atingir patamares muito mais elevados e consentâneos com o valor real da banda. Infiltrate The System foi a resposta capital da banda a tudo isto com 13 faixas de qualidade superior. A nível de qualidade sonora catapultou a banda para o topo, de onde ostentam a orgulhosa coroa de reis do hardcore, deixando bem alta a fasquia no que toca a qualidade de gravação, já que Infiltrate The System prima nesse sentido e coloca-se entre os melhores do género. Este álbum, apesar de surgir numa fase de veterania da carreira dos Madball, apresenta muitas novidades eo estilo tradicional da banda de Nova Iorque, a começar pela imagem com que a banda se apresenta e pelo artwork mais sóbrio e maduro, evitando os clichés recorrentes da cena em apresentar posturas agressivas ou de rua. A nível musical e de composição, os Madball estão no topo. A nova formação veio suprir algumas carências técnicas do grupo e acrescentar uma capacidade musical impar à banda. Quem os segura agora? Infiltrate The System, sem dúvida um must have para qualquer apreciador de hardcore.



CPM 22
Cidade Cinza (2007) Arsenal Music

São um caso sério de popularidade no país irmão e não param de crescer. Cidade Cinza é o sucessor de Felicidade Instantânea (2005), sendo que para muitos é mesmo como que um prolongamento do álbum anterior ou até mesmo uma colectânea de lados B que foram excluídos do prévio. Cidade Cinza reflecte a emotividade do jovem brasileiro normal que cresce em São Paulo, a cidade cinza, com todos os problemas emocionais e sociais a isso inerentes, focando mesmo o isolamento e triste solidão que se vive numa metrópole com quase 20 milhões de pessoas. Ao longo dos 12 temas de Cidade Cinza podemos encontrar um pouco de tudo isto. Desde músicas a transbordar de sentimentalismo com letras fortes, no seguimento do álbum anterior, passando por musicas rápidas com o espírito radical juvenil de sempre desta banda paulista, até às grandes surpresas do álbum: Maldita Herança e Tempestade de Facas, onde os CPM 22 nos mostram um lado de raiva explosiva e inconformismo até agora escondidos, talvez, na progressiva entrada da banda por sons mais densos e atmosferas musicais mais pesadas. Cidade Cinza reúne, assim, todos os condimentos de um grande álbum, que apesar de não ‘entrar’ à primeira, irá sem dúvida levar a banda a voos mais altos e a conquistar outros públicos onde até agora não chegava.

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