quarta-feira, abril 22, 2009

Respostas à crise

"nestes tempos de universalização da mentira, dizer a verdade transforma-se num acto revolucionario" -George Orwell
"Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo" -Karl Marx
"Não nos libertamos de um hábito, atirando-o pela janela; é preciso fazê-lo descer a escada, degrau a degrau" -Mark Twain


Caros amigos,

Estou farto, cansado de fazer parte desta geração 300-500. Que são os valores que hoje os jovens e a generalidade das pessoas auferem como salário a recibos verdes, porque hoje não fazemos parte de empresas, prestamos antes serviços para os nossos patrões à luz do manipulador novo Código do Trabalho aprovado pela maioria socialista e que tanto penaliza os portugueses.

Não sou contra o PS nem contra o governo "socialista" sou antes a favor de uma política socialista que ponha os portugueses em primeiro e antes das empresas. Sou a favor de um projecto de combate à crise e de propóstas concretas e reais para melhorar as condições de vida e o melhor acesso à educação e à saúde. A favor da qualidade de vida com regras e sem abusos por parte dos mesmos que continuam sem sanções e continuam impunes. A este propósito, a Madre Teresa de Calcutá disse brilhantemente esta frase cheia de simbolísmo: "Não me convidem para uma manifestação contra a guerra, convidem-me sim para uma manifestação a favor da paz."

Que estamos em crise, já estamos nós cansados de saber. Adquirido este primeiro ponto, passamos ao segundo, o de apurar o que se tem feito pelos nossos governantes para o combater. Que medidas concretas foram tomadas? Que estratégia de acção de combate à crise foi adoptada?

Socialmente estamos num declínio gigantesco, e o numero de pobres em Portugal já ascende a 2 milhões. Pode a muitos não fazer impressão, mas a mim faz.

Assistimos à ruinosa nacionalização do BPN. Claro que é necessário garantir os depósitos das pessoas, mas o mesmo não se pode verificar no que toca aos fundos de especulação, gestão de furtunas ou aos prejuizos.

A GALP e a EDP, duas recém privatizadas empresas publicas apresentaram 1500 milhões de lucro (MIL E QUINHENTOS MILHÕES DE EUROS DE LUCRO) que ficam nos bolsos do grupo Amorim e de Eduardo do Santos, quando se ainda estivessem nacionalizadas seriam lucros de todos nós. Ao invés decidimos nacionalizar os prejuizos do BPN.

Não querendo cansar ninguem, deixo-vos com o video da entrevista de Mario Crespo a Francisco Louçã, líder do BLOCO DE ESQUERDA, onde se elabora um exercício claro e com propostas concretas e uma estratégia de acção para o país e para o futuro.




MAIS INFORMAÇÕES:


O Bloco de Esquerda (BE), nasceu em 1999 da fusão de três forças políticas: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista mandelista) e a Política XXI, às quais se juntaram vários outros movimentos posteriormente.
Qualquer uma delas, à época, definiam-se como resultado de processos de crítica em relação ao chamado «comunismo» ou «socialismo real», mantendo a referência comunista através da reflexão e da discussão sobre a actualidade do marxismo. Membro do Secretariado Unificado da IV Internacional, o PSR herdava a tradição trotskista, oposta ao estalinismo; a UDP, geralmente associada ao maoísmo, apresentava-se como desligada de quaisquer referências no campo comunista internacional, posicionando-se em ruptura com todas as experiências de "socialismo real"; a Política XXI resultara, por sua vez, da união de ex-militantes do Partido Comunista Português, pelos herdeiros do MDP-CDE e por independentes. Na formação do Bloco juntaram-se ainda pessoas sem filiação anterior, mas que já haviam mostrado identificar-se com os movimentos indicados, destacando-se, no grupo inicial, Fernando Rosas (a sua antiga filiação no PCTP-MRPP havia acabado há muito).
Desde o início, o Bloco apresentou-se como uma nova força política que não negava a sua origem nos três partidos citados e que tinha uma organização interna democrática, mais baseada na representação dos aderentes do que pelo equilíbrio partidário. A adesão de novos militantes, sem ligação anterior a qualquer um dos partidos originários contribuiu para esse efeito.
O Bloco foi incluindo ainda outros grupos e tendências: desde pequenos grupos políticos, como a Ruptura/FER, até grupos que, não sendo organizações políticas, são grupos de interesse constituídos já dentro do Bloco: mulheres, LGBT, sindicalistas, ambientalistas, etc. O Bloco reivindica a independência destes grupos em relação à política geral do partido.
Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI já se extinguiu, tornando-se numa associação de reflexão política que se exprime numa das revistas da área do BE, a Manifesto. O PSR também se extinguiu, transformando-se igualmente numa associação que se exprime numa revista, a Combate. Quanto à UDP, foi a última das organizações fundadoras a transformar-se em associação política, no início de 2005. Edita igualmente uma revista, A Comuna.
O Bloco elegeu o seu primeiro deputado europeu, Miguel Portas, em 2004. Nas eleições legislativas portuguesas de 20 de Fevereiro de 2005 teve 8 deputados eleitos. Nas autárquicas do mesmo ano, foi eleita a candidata independente apoiada pelo BE à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que já está de momento a ser investigada por alegada corrupção. Na sua IV Convenção Nacional, o Bloco de Esquerda oficializou Francisco Louçã como porta-voz da Comissão Política.
Já em 2005, foi aprovado pela convenção um conjunto de estatutos, que incluem um código de conduta e prevêm um quadro disciplinar, que anteriormente não existia.
Em 2007, na V Convenção, foram apresentadas 3 moções de orientação política e uma quarta moção crítica apenas em relação ao funcionamento interno do Bloco. Na eleição, por voto secreto, da Mesa Nacional, a lista encabeçada por Francisco Louçã, e que incluía as sensibilidades do PSR, UDP e PXXI, obtém 77,5% dos eleitos, a lista B, encabeçada por Teodósio Alcobia, 5%, a lista C, encabeçada por João Delgado e integrando sindicalistas e membros da Ruptura/FER, 15%, e a lista D, encabeçada por Paulo Silva, 2,5%.




O trotskismo é uma doutrina marxista baseada no pensamento do político e revolucionário ucraniano Leon Trótski. É formulada como teoria política e ideológica e apresentada como vertente do comunismo por oposição ao stalinismo.
Segundo seus seguidores, a ideologia trotskista consiste em defender o marxismo, combatendo a burocracia no Estado Operário que se fortaleceu com a ascensão de Josef Stálin ao poder em 1924 na União Soviética. Dos pontos do marxismo-leninismo, Trótski trabalhou e teorizou a respeito da idéia de Revolução Permanente, sua principal divergência em relação ao pensamento de Stálin, o qual defendia a tese conhecida como "socialismo em um só país". A Teoria da Revolução Permanente defenderia a expansão da revolução para além das fronteiras da União Soviética como prioridade, ao invés do seu fortalecimento interno. No final de sua vida, Leon Trótski fundou a IV Internacional, que após sua morte não conseguiu levar adiante sua luta[carece de fontes?]. Hoje, as diversas correntes políticas que se auto-denominam trotskistas têm alguma origem na IV Internacional

A teoria da “Revolução Permanente” baseia-se na ideia do “desenvolvimento desigual e combinado”. Segundo esta tese, quanto mais atrasado é um país, mais evoluída é a parte mais desenvolvida da sua economia (Trótski considerava que esta era a situação na Rússia dos czares[1]). O raciocínio, aparentemente contra-intuitivo, é de que, se um país começa a se industrializar tarde, irá adoptar as industrias mais modernas existentes na altura, logo, a pouca indústria que terá será altamente desenvolvida. Por exemplo, um país que só recentemente tenha começado a ter ligações telefónicas, terá, em quantidade, poucos telefones, mas esses poucos telefones, em média, serão mais sofisticados que os telefones de um pais que já tenha um sistema telefónico há várias décadas, já que as poucas pessoas que compram telefones irão comprar os telefones que se produzem hoje em dia.
Tal levaria a que, em países semifeudais, a burguesia capitalista, mesmo sem ainda ter derrubado a nobreza, já está em conflito com o proletariado, porque, como a pouca indústria existente é das mais modernas, os conflitos entre patrões e trabalhadores tendem a assumir os mesmos contornos que nos países desenvolvidos (lembremo-nos que Trótski elaborou esta teoria no principio do século XX, uma época em que, nos países industrializados, a luta entre “proletários” e “burgueses” estava na ordem do dia). Assim, a burguesia local estaria entre dois fogos: por um lado, continua submetida ao Antigo Regime, o que a poderia levar a posições revolucionárias (como a burguesia europeia ocidental dos séculos XVIII e XIX); mas, por outro, já sofre a pressão dos trabalhadores, o que a leva a posições conservadoras (como a burguesia europeia ocidental do século XX). Segundo Trótski, quanto mais tarde um país conhecesse o seu arranque industrial, mais conservadora seria a sua burguesia local, já que o medo ao proletariado seria mais forte que a sua oposição à nobreza. Além disso, ao contrário da Inglaterra de 1688, da América de 1776 ou da França de 1789, já não existiria uma vasta classe de pequenos e médios artesãos e comerciantes que pudesse fornecer a “mão-de-obra” para uma revolução burguesa (devido à modernização do sector industrial, o único “povo” disponível – nas cidades – são mesmo os operários).
É aqui que entra em cena a “Revolução Permanente”: segundo Trótski, a burguesia já não é capaz de fazer a sua própria “revolução burguesa”[2], tendo que ser o proletariado a encarregar-se disso [3] (afinal, quem se revoltou contra o czar em 1905 e em Fevereiro de 1917 foi o proletariado de Sampetersburgo). Mas, sendo o proletariado a fazer a “revolução burguesa”, este não se contentará com o programa “liberal-burguês” (i.e, a abolir a monarquia absoluta, liquidar o feudalismo, etc.), e irá logo começar a pôr em prática o “programa socialista” – assim, a revolução é “permanente”, já que, pela sua própria dinâmica, tenderá a evoluir para posições cada vez mais radicais (no caso russo, a revolução começou por ser democrática e republicana e, em poucos meses, tornou-se socialista – aliás, o PREC português teve uma dinâmica semelhante)[

INFORMAÇÃO ADICIONAL:
www.bloco.org/ - A Página Oficial do Bloco de Esquerda. Informações acerca do partido.
www.esquerda.net/ - Portal de informação do Bloco de Esquerda

JUNTA A TUA VOZ AO SENTIMENTO DE MUDANÇA.
POR TI E PELO PAÍS:
http://www.bloco.org/index.php?option=com_mosforms&Itemid=43

Eu ja dei: Aderente BE nº6866

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