segunda-feira, janeiro 24, 2005

A queda do Governo.

Pecou por tardia a decisão de Jorge Sampaio de dissolver a Assembleia da República e assim convocar eleições antecipadas. A decisão do Presidente da Republica veio no seguimento da demissão do Ministro do Desporto, Juventude e Reabilitação, Henrique Chaves, a 28 de Novembro. Acusando o Primeiro-Ministro, Pedro Santana Lopes, de falta de lealdade e verdade, Chaves demitiu-se dias depois de assumir o cargo. Esta atitude constituiu o momento decisivo para orientar a avaliação do Governo efectuada pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, que dissolveu o Parlamento a 30 de Novembro, convocando eleições antecipadas.

Sampaio entendeu oportuno, e pela gravidade das acusações de Chaves dissolver o Parlamento. Dias antes, Morais Sarmento declarava à imprensa que este 'cenário é virtual'. A decisão de Sampaio teve, no entanto, outras motivações. A grave crise económica que abala o país, a crise de confiança nos governantes e dos investidores foram outros dos motivos. Sampaio recebeu em Belém os principais economistas para se inteirar do estado económico da nação e o que há a fazer para contornar a grave crise em que o país se encontra mergulhado. A demissão de Marcelo Rebelo de Sousa de comentador e analista político da TVI e a demissão de José Rodrigues dos Santos de Director Informativo da RTP foram outros dos motívos polémicos que levaram à decisão de Sampaio de dissolver a Assembleia da República.

Durão Barroso abandona o Governo e o país para Presidir à Comissão Europeia, criando um vazio de poder e agravando a crise política no nosso país. Na altura a resposta de Sampaio foi no sentido de manter as estruturas democraticas. Convocou o Conselho de Estado e ouviu ainda todos os partidos com assento parlamentar e optou por manter o governo de coligação PSD/PP. Santana Lopes surge assim, assumindo o cargo de Primeiro Ministro, sem que para isso tenha sido eleito pelos Portugueses pois apenas o foi pelo congresso extraordinário do seu partido; e Paulo Portas que vê o seu papel, preponderância e poderes reforçados.

Em caso paralelo, o Primeiro Ministro do Luxemburgo recusa antes de Durão Barroso o convite para presidir à mesma Comissão Europeia por considerar que não deve desrespeitar o compromisso assumido com a população de 500mil Luxemburgueses que o elegeram Primeiro Ministro. O Luxemburgues não aceita por se encontrar vinculado ao compromisso com 500 mil, mas Barroso, que tem responsabilidades perante 10 milhões aceita ...

Perante a situação de grave crise que atravessa os varios sectores da ecónomia e os bolsos dos portugueses, Mario Soares afirmou mesmo que se Portugal não estivesse integrado na União Europeia, já há muito se teria dado um golpe de Estado...

Pecou por tardia a decisão de Sampaio que deveria ter sido, logo na saida de Durão Barroso de convocar novas eleições para preencher o vazio governativo que se abriu.

Errou Sampaio, que com a primeira má decisão custou 3 meses ao país,
Errou Durão Barroso
Santana Lopes foi vítima. Herdou um país à beira do colápso económico e sem hipotese de ser salvo pela estrutura que encabeçou já insegura à nascença.

Com a dissolução do Parlamento, têm a palavra os Portugueses em Fevereiro próximo nas eleições antecipadas.

4 Comentários:

Às 4:55 da tarde , Blogger Miss* Duvalle disse...

Oh meninu, andas mm emoenhado aki no blog!
Não é ke eu seja mto entendida nesta matéria, mas na minha opinião, assim, jorge sampaio deu gand prenda ao socrates...Agora ele so precisa de existir para ganhar estas eleições! grrrr
Mas tb, a mudança n sera mta...tantu de uma ldo como do outro, kerem todos a mm coisa....mordomia..né?
bjinhus e continua***

 
Às 12:19 da tarde , Blogger almadepoeta disse...

Certamente uma opinião partilhada pela grande maioria dos Portugueses.
O pior é que eles êem e vão e deixam o Pais de rastos e somos nós que teremos de o levantar cada vez nos exigindo maiores sacrificios.
Beijo

 
Às 3:38 da tarde , Blogger folhasdemim disse...

O pior é ver que esta companha vai servir apenas para acusações em vez de se tentar um entendimento para que o País não afunde de vez. Beijos,Betty

 
Às 11:52 da manhã , Blogger André Carvalho disse...

Este teu post lido alguns meses depois até dá vontade de rir. A comparação com o actual desgoverno de Sócrates é inevitavel, e bate aos pontos em trapalhadas (sem serem forçadas) o PSL:

 

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