sexta-feira, setembro 25, 2009

Resposta à direita

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Subject: Para todos os meus caros que pensam em votar no BE...
Date: Fri, 25 Sep 2009 17:17:55 +0100



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Que interessante é perceber o pânico da direita ao BE.

Realmente o que o texto transparece é uma lista de interpretações próprias com bastante fundamento, diga-se, de afirmações soltas de Francisco Louçã mas que não sao sustentadas com a confrntação com o programa do BE, daí que não passem de interpretações tão convenientes por ora.



Este discurso, não chega, apesar de tudo à demagogia pura, visceral e inqualificavel a que se tem dedicado Nuno Melo, Paulo Portas e Teresa Caeiro nos últimos dias de campanha, mostrando assim o seu total desespero por não atingir a meta dos dois digitos.



Refere o trio, do alto da sua desonestidade intelectual, manipuladora da opinião pública sustentada por um discurso inflamado e demagógico que o BE quer nacionalizar tudo à imagem do que se passou no verão quente. Ridículo.

Dizem ainda que um jovem investigador não pode registar a patente de uma descoberta ou invento que tenha criado. Ridiculo.

Mais, que o BE pretende acabar com os ricos e atacar as mPME's e a classe média. Sem palavras ...



Mas vamos então explicar por pontos:



-Começo pela GALP e traço já a comparação com a EDP e a empresa Águas de Portugal.

O BE defende a nacionalização APENAS de sectores estratégicos e de interesse público. GALP e EDP são parte de um desses sectores, o sector energético que é uma das prioridades a nacionalizar. Só estas duas empresas apresentam um lucro de MIL MILHOES DE EUROS. O numero assusta, pois assusta, e é um numero que em nada contribui para os cofres do estado nem para o bolso dos portugueses. Numero que de per si, poderia pagar novo aeroporto, TVG e ainda equilibrar as contas da Segurança Social, mas enfim, a direita e o PS entendem que é preferível que fique no bolso de Eduardo dos Santos e de Américo Amorm, que esses sim é que fazem aumentar a qualidade de vida dos portugueses.

A EDP antes de ser privatizada apresentava prejuizos, e bem me lembro dos compradores dizerem na altura que a electricidade em Portugal é um negócio que não dá lucro. Então, atentamente e preocupado com estes investidores, o Estado decidiu aumentar os preços da luz e ainda para facilitar as dispendiosas operações de levar a luz a certas aldeias ou ajudar à conservação de barragens o estado criou as parcerias publico/privadas. Dizem as empresas que é muito caro levar a luz a determinados pontos do país e muito oneroso fazer a gestão de barragens, e ALEGAM o interesse público para receber fundos do estado e ultrapassar essas despesas. Assim apenas tem de fazer contas ao lucro das nossas contas da luz tão aumentadas enquanto o estado continua a fazer o papel de parvo, arcando do seu bolso com as despesas infra-estruturas. Brilhante. Por isso é que são pessoas do PS e PSD a frente de conselhos de administração de EDP, GALP e outras ...tanta promiscuidade afinal enche bolsos a muita gente e faz jeito a ainda mais. Ou ainda Basílio Horta do CDS, presidente da Agência para o Investimento e Comércio de Portugal (AICEP Portugal Global), entidade responsavel por escolher (A DEDO) o investidores a fixarem-se, em que lugares, em que ramos e com que projectos e com que preços e com que contrapartidas para o estado no nosso país. Que conveniente...

A água é um bem público, é um bem essencial, de TODOS, mas que dentro de 5 meses será apenas de alguns e transitará para a mão de privados, bem como todas as infra-estruturas (cisternas, poços, minas de agua, centrais de tratamento e recolha, centrais elevatórias, depósitos, etc...). Diz a direita que é importante privatizar a água que tanto prejuizo dá ao estado. Mas não é um serviço público que o estado presta? Não é uma garantia que temos que seja o estado a fazer-nos chegar a água a nossas casas e garantir que todos tenhamos o acesso livre e com igualdade à água? Ninguem espera que levar água a alguns pontos do país onde ainda não há dê lucro pois não? Ou que preços baixos para estar disponivel para todos dê lucro pois não? ...mas tal como na luz e na saúde, tambem neste caso as parcerias publico/privadas vão ser determinantes para o lucro da Aguas de Portugal ...era o que faltava os privados pagarem as condutas e as obras para levar água às aldeias de trás-os-montes. Que pague o estado, não é? Então afinal os privados é só para terem lucros para eles?

Afinal isto tudo é para continuar o carrossel entre os partidos políticos e os políticos à frente das grandes empresas?

A direita pretende baixar os impostos ...claro, se o estado tem cada vez menos responsabilidades e afasta-se para permitir a entrada privada, assim não é necessario qe todos paguem tanto. Medida fácil.



-Vamos ao ponto que tanto indigna a Teresa Caeiro. Diz no programa do BE (a semelhança da constituição portuguesa) que o ensino PUBLICO deve ser tendencialmente gratuito e não ter propinas. Pois para isso é necessario que os lucros astronomicos de determinados sectores que deviam ser do estadoe que são dos privados voltem para a esfera publica. Depois quem quiser estudar no ensino privado e agar as suas propinas que o faça. Posto isto, indigna-se a Teresa Caeiro que um jovem investigador tenha de ceder a patente da sua descoberta ao estado. Dentro desta lógica manipuladora sem escrúpulos e demagógica, a Teresa (desonestamente ou involuntariamente) omitiu parte importante do texto. A parte em que diz que se essa investigação for feita numa universidade PUBLICA, subsidiada com dinheiros PUBLICOS e que recorreu ao longo da investigação a recursos PUBLICOS, deve naturalmente ser propriedade da instituição publica e do estado. Parece-me lógico. Porque não o fizeram numa universidade privada? Se for feita em ambiente privado será logicamente da propriedade que contratualmente for definida entre o privado e o investigador antes. Mesmo aqui duvido que o investigador fique com a patente. Podem dizer que contribuimos com as propínas. E estão certos, mas o BE é contra as propínas e a favor de um ensino livre porque o ensino é uma reponsabilidade do estado. Daí que não defenda uma redução de impostos, senão não haveria dinheiro para todas estas coisas que os analistas da direit classificam de utópicos...



-Por fim, e recorrendo-me aos mesmos argumentos da direita, se o BE quer acabar com os ricos, a direita quer acabar com os pobres ...literalmente. Na realidade o BE não quer acabar com os ricos, pretende sim taxar justamente os ricos, e exercer maior controlo sobre as grandes fortunas, acabar com o sigilo bancário para que se investiguem os offshores e se acabe com a impunidade e toda a sem vergonhice dos grandes capitalistas, para que no final de contas haja mais igualdade social. Igualdade social sim ...que é este o objectivo do BE, e não aumentar (ainda mais) o fosso entre ricos e pobres que a direita tenta fazer. Justifica-se a direita, dizendo que pretende acabar com o rendimento minímo (bandeira do CDS). Propoem estes que quem não trabalha não possa auferir do rendimento minímo. O rendimento minimo foi criado como uma medida de grande solidariedade que permite que o estado contribua financeiramente para aqueles que não podem trabalhar por não poderem ou por a sociedade não lhes permitir trabalhar. Depois admiram-se de na rua lhes chamarem racistas. É que quem recebe o rendimento mínimo em esmagadora maioria são os imigrantes e os ciganos!!! Será que na GALP e na EDP têm lugar para os angolanos da cova da moura ou para os ciganos do Porto? Em que empresa é que lhes qerem oferecer trabalho. Só não percebe a figura do rendimento mínimo quem não quer perceber ou quem de facto quer acabar com os pobres e expulsar do país xenofobamente os imigrantes e os ciganos... Parece que os ricos da direita são afinal um pouco pobres de espírito ...

O BE sabe que a maioria do emprego é gerado pelas mPME's daí que tenham de ser incentivadas, mas não que lhe permitam impunidade. Mas quem defende afinal os trabalhadores? Este codigo de trabalho para quem tem empresas, é dono do seu lugar e dos seus meios de produção é indiferente. Mas para quem é precario, está a recibos verdes toda a vida e saltita de 6 em 6 meses de posto de trabalho é uma brutalidade social. Assim pretende-se camuflar o desemprego (sem sucesso como mostram os numeros) e no fundo as empresas conseguem ter funcionarios a quem pagam apenas 300 a 500 euros sem precisar de passar aos quadros e pagar mais nem precisam de lhes pagar a segurança social ...fantastica medida. Nem o Bagão tinha ido tão longe... (volta Bagão estás perdoado)



Escrevi este texto para aqueles que ouvem as barbaridades da direita a atacar as ideias certas com argumentos mentirosos e desesperados. Para aqueles que acham que votar CDS, PSD ou PS é a melhor solução para o país. Mas é como tudo. Cada um nas suas convicções.




Ricardo Martins - Libelinha !!

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1 Comentários:

Às 1:42 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

GRANDE LIBELINHA, sim senhor! abraçao

 

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